Dilma diz em comício que vencer em Salvador é “obrigação”

A presidente Dilma Roussef falou na noite desta
sexta-feira (19) no comício do candidato do PT à prefeitura de Salvador
Nelson Pelegrino em Cajazeiras, na capital baiana. No palanque ao lado
de Dilma e Pelegrino estavam a candidata a vice na chapa, Olívia
Santana, o governador Jaques Wagner, os senadores Walter Pinheiro e
Lídice da Mata, os candidatos derrotados no primeiro turno que agora
apoiam o petista, Rogério Da Luz, Márcio Marinho e Mário Kertész, entre
outras lideranças. Ela disse que vencer em Salvador é “obrigação” para o
“time” ficar completo.
“O meu governo é sério. Não gosta de perseguição, de
vingança, de gente que discrimina; mas para este governo dar certo, ele
precisa de parceiro, de gente que aje como um time. E aqui na Bahia, o
meu time está aqui nesse palanque”, disse. 
 

A presidente falou por menos de 20 minutos, depois de Wagner, Pelegrino, Da Luz e Kertész

A presidente falou sobre a assinatura da Lei das
Cotas. “Não vai exisitir melhoria no Brasil se não existir melhoria para
a população negra”, declarou. “A lei escancara a porta das
universidades para a população negra e a população pobre do nosso país”.
Ela lembrou que durante o governo do ex-presidente
Lula, também petista, tirou 40 milhões de brasileiros da miséria.
“Nesses 40 milhões, nessas famílias que ascenderam às classes médias,
que eram pobres e também eram negras, foi justamente a população negra
desse país que ascendeu”, afirmou.
“Eu não vim falar mal de ninguém. Eu vim falar bem
do Pelegrino”, disse, criticando os que falam mal da Lei das Cotas e de
outros programas do governo. “Tem gente que votou contra a Lei de Cotas.
Tem gente que entrou na Justiça contra as cotas. Tem gente que falou
que a Bolsa Família é Bolsa Esmola”.
Para a presidente, “não olharam para o povo
brasileiro durante muito tempo no nosso país. O governo era feito para
os mais ricos”. Dilma disse que Salvador é muito importante para o país e
precisa de um prefeito que honre o cargo. “Aqui não pode ter um
governinho, um governo pequenininho, que gosta de perseguição, de gente
que discrimina as pessoas (…) Tem que ser integrado, com gente de fé”.
Durante sua fala, de menos de vinte minutos, Dilma
chegou a se confundir com o nome do bairro, chamando-o de “Cazajeiras”
algumas vezes. “Tem hora que eu fico tatibitati, viu, gente… Mas é a
emoção”, garantiu, se desculpando pelo lapso.
A fala da presidente foi encerrada pouco antes das
21h – antes do começo da novela “Avenida Brasil”, da TV Globo. Um telão
que exibiria o folhetim foi proibido no local pela Justiça, que entendeu
que isso caracterizaria um showmício, o que é ilegal. 
Na quarta-feira, o ex-presidente Lula faz comício
novamente ao lado de Pelegrino – ele esteve em Salvador no primeiro
turno – no Subúrbio Ferroviário.
Fonte: CORREIO O QUE A BAHIA QUER SABER.

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