Após intervenção da polícia, rebelião em Conjunto Penal de Juazeiro é finalizada

Alguns
internos serão transferidos ainda hoje para outras unidades. Os
envolvidos terão aumento de pena em virtude dos danos causados nas celas

 

A rebelião de detentos no Conjunto Penal de Juazeiro,
no norte do estado, foi finalizada na manhã desta terça-feira (20).
Segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e
Ressocialização do Estado da Bahia (Seap), o fim do motim organizado
pelos presos da Ala B terminou por volta das 7h quando os internos
envolvidos no movimento se renderam.

Na madrugada de hoje,
segundo a TV Bahia, 15 viaturas, duas ambulâncias do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma viatura do Corpo de Bombeiros e
um ônibus com policiais e outra viatura do Batalhão de Choque de
Salvador entraram na penitenciária.

Oito dos presos foram
feitos de reféns e dois deles ficaram feridos. Os rebelados destruíram
celas, quebraram grades, paredes e cadeados, além de queimar os
colchões. A Seap estima o prazo de um mês para recuperar a ala
danificada.

Ainda de acordo com a Seap, alguns internos serão
transferidos ainda hoje para outras unidades, com a permissão do juiz da
vara de execuções penais da localidade.

A secretaria informou
que já abriu um inquérito para apurar os responsáveis pelo motim. Os
envolvidos terão aumento de pena em virtude dos danos causados nas
celas.

A rebelião começou por volta das 8h da manhã de
segunda-feira (19) durante a abertura da unidade, organizada pelos
internos da Ala B da prisão. Cerca de 280 internos se envolveram no
motim, segundo estimativa da secretaria. A rebelião teria começado por
conta de uma transferência de alguns presos de uma ala para a outra.

Familiares passaram a noite na entrada da
penitenciária por uma resolução do conflito. O conjunto penal tem
capacidade para 348 pessoas mas está com cerca de 600 no momento.Uma
equipe da Seap, coordenada pelo diretor de Segurança Prisional, Major
Júlio César, foi para o local para ajudar a resolver a crise. Também
foram para o local o juiz da Vara de Execuções Penais, Roberto
Paranhas Nascimento; o promotor de Justiça, Alexandre Lamas da Costa; o
coronel Lira Junior; o capitão Virole e o sargento Andrade.

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