Concurso do TRT é cancelado em todo o país após estrondo em prédio de Brasília

As provas do período da tarde, para cargo de nível médio, também foram suspensas

Um estrondo no meio da manhã em um dos prédios
da Universidade Paulista (Unip) onde estavam sendo aplicadas as provas
para o concurso do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 10ª Região
(Distrito Federal e Tocantins) provocou tumulto entre os candidatos e o
cancelamento das provas em todo o país.
Segundo o Centro de Seleção e de Promoção de
Eventos (Cespe), responsável pela aplicação do concurso, 50 mil
candidatos que faziam as provas terão de esperar a divulgação de novas
datas. A expectativa é que essa definição seja dada até terça-feira
(13).
“Estamos primeiro resolvendo a situação local, mas
as provas serão realizadas no menor tempo possível, para não
prejudicar os candidatos”, disse Paulo Portela, coordenador-geral
acadêmico do Cespe.
As provas do período da tarde, para cargo de nível
médio, também foram suspensas. No prédio da Unip em Brasília, mais de 4
mil candidatos faziam o exame quando, no meio da manhã, ouviram
estrondos que foram confundidos, inicialmente, com tiros. Ainda pela
manhã, o prédio foi evacuado e fechado pelo Corpo de Bombeiros e pela
Defesa Civil.
“Estava levando uma menina no banheiro e ouvi o
primeiro barulho. Uma outra menina saiu gritando dentro de uma sala e
achamos que era tiro”, contou Gustavo Queiroz, que trabalhava como
fiscal da prova. “No segundo estrondo, o pessoal desesperou e começou a
correr.”
A correria para evacuar o prédio deixou alguns
feridos. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos um candidato se jogou
pela janela. “Quando chegamos ao local, transportamos a vítima
rapidamente. Estava consciente”, contou a tenente Juliana Leal, oficial
do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros do DF.
A bacharel em direito Fernanda Azambuja Ribeiro
que fazia prova no local disse que machucou o joelho durante a correria.
O subsecretário de operações da Defesa Civil, coronel Sergio Bezerra,
garantiu que não houve abalo estrutural no prédio. Segundo ele, o
barulho foi provocado por um deslocamento da cerâmica do piso.
“Não há necessidade de interdição porque não houve
problema na parte da estrutura, foi no revestimento.” Segundo ele, a
recomendação de evacuar o prédio e suspender a prova foi para não gerar
mais pânico entre os candidatos.
Depois da vistoria no prédio, os técnicos da
Defesa Civil disseram que o estrondo foi provocado pela mudança de
clima e alteração de temperatura aliada ao uso de material inadequado
na colagem da cerâmica. As informações são da Agência Brasil.

 


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