Ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alexandrino Alencar prestou seu segundo depoimento à Polícia Federal e deve fechar acordo de delação premiada com os agentes no âmbito da Operação Lava Jato. Na última terça-feira (18), Alencar apresentou novas versões sobre a reforma no sítio de Atibaia (SP) frequentado por Lula e sobre as viagens para países da África e da América Latina, nas quais acompanhou o petista. De acordo com a Folha, Alencar atuou na reforma do sítio, feita por um consórcio informal composto por Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. A Odebrecht deu início à reforma do sítio em outubro de 2010, quando o petista ainda era presidente, mas Alencar também narra em sua proposta de delação fatos sobre a reforma após a saída de Lula da presidência. Foi a Odebrecht a responsável pela construção de um anexo com quatro suítes. O imóvel está em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, amigos de um filho do ex-presidente, e está sob suspeita de pertencer a Lula. Sobre as viagens a Angola, Cuba, Panamá e Peru, Alencar destacou quais seriam os pagamentos e os interesses da empresa em receber apoio de Lula. A defesa do ex-presidente negou que ele tnha recebido recursos ilícitos da Odebrecht. “Lula é vítima de ‘lawfare’ [guerra jurídica], uma perseguição política usando meios judiciais, que tenta manipular recursos jurídicos para espalhar suspeitas difusas sem base real, para destruir a imagem de um líder político e ainda inabilitá-lo a disputar eleições”, diz o texto da nota. A Odebrecht não quis se manifestar. Alencar é apontado como um dos operadores de propina da Odebrecht e ficou quatro meses preso no a no passado. O ex-diretor de Relações Institucionais da construtora está em liberdade, mas foi condenado a 15 anos de prisão e deve integrar o grupo de 70 a 80 executivos que negociam acordo de delação premiada. Fonte:BahiaNotícias