Missa lembra dois anos da morte de jovens decapitadas

Uma manifestação com a participação de moradores e amigos será realizada
ao final da missa que aconteceu na Igreja Santo Antônio
Uma missa de lembrança aos dois anos da morte de Gabriela Alves Nunes, 13
anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, decapitadas na Nova Divinéia
acontece na noite desta terça-feira (20) no bairro do Engenho Velho de Brotas.

De acordo com parentes das jovens, a cerimônia começa às 19 horas na Igreja
Santo Antônio e ao final, uma manifestação com moradores e amigos será
realizada.

O crime completou dois anos ontem, dia 19 de novembro. As estudantes Gabriela e
Janaína foram mortas em uma casa em construção e tiveram os corpos abandonados
na avenida San Martin para despistar a polícia.

Elas haviam fugiram de casa deixando para trás um bilhete que dizia: “Ficaremos
bem”. No entanto, a rebeldia lhes custou a vida. Os corpos das jovens foram
encontrados decapitados e com marcas de tortura. 

 

Gabriela e Janaína foram espacandas e depois decapitadas; corpos
foram abandonado

Processo
A
2ª Vara do Júri, responsável pelo processo da morte das meninas reclassificou,
no dia 30 de outubro, o crime de homicídio
para
extorsão mediante sequestro com morte. Segundo informações da assessoria de
comunicação do Tribunal de Justiça (TJ), o crime de homicídio prevê pena de 12
a 30 anos de prisão enquanto de extorsão mediante sequestro com morte prevê
pena de 23 a 30 anos.

Por conta da mudança, o processo passa ser julgado pela  2ª Vara de Crimes
contra a Criança e o Adolescente. Todas as testemunhas e parentes envolvidas no
caso serão ouvidos novamente. Cinco delas já compareceram ao Fórum Criminal de
Sussuarana para prestar depoimento iniciando as novas investigações.

Uma nova audiência foi marcada para o dia 4 de dezembro. Quatro acusados foram
presos pelo crime, Adriano Silva Nunes, Jarbas Cristiano Chaves de Souza, Alex
Santos e Silva, Danilo Rocha de Carvalho. Eles respondem ainda por outros
processos.

Crime
Os criminosos responsáveis pela morte das garotas assaltaram um depósito de
bebidas, em Pero Vaz, quando foi usado o Fiat Punto que depois serviu para
abandonar os corpos das garotas na San Martin.

Depois do roubo, o bando foi para a Nova Divinéia, onde encontraram o
traficante Lequinho com as duas adolescentes. Lequinho disse a todos que
Janaína namorava Alan, líder do tráfico na região de Manguinho, no Engenho
Velho da Federação.

O grupo pretendia invadir o Manguinho e perguntaram às adolescentes onde Alan
escondia as armas e as drogas. Janaína teria indicado um lugar onde seria o
esconderijo de Alan.

Logo depois, Lequinho telefonou para um comparsa, ainda não identificado, que
disse que a informação das garotas era mentira e que elas estavam tentando
atraí-los para uma armadilha, por serem íntimas dos traficantes do Manguinho.
Depois disso, as duas começaram a ser agredidas com socos e pontapés. Depois,
as jovens foram decapitadas e os corpos abandonados.


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