Obama e Romney se enfrentam nas urnas tecnicamente empatados

Nas últimas 72 horas, os dois presidenciáveis visitaram todos os oito estados onde a disputa ainda está indefinida

 

 

Quando os americanos chegarem nesta terça-feira (6)
às urnas para assinalar o nome do democrata Barack Hussein Obama II, de
51 anos, ou do republicano Willard Mitt Romney, 65, estarão tão
divididos como em 2000, tão agressivos como em 2004 e tão frustrados
como em 2008. O que não se vê ao fim de uma campanha presidencial
exaustiva ao qual os candidatos chegam rigorosamente empatados é
esperança.
O dilema na cédula é manter por mais quatro anos um
governo que não retirou o país totalmente da crise ou testar outro cujo
partido empurrou-o para o abismo. As pesquisas refletem essa polarização
profunda. Após meses de troca de acusações e uma avalanche de
comerciais negativos, o levantamento da CNN com o instituto Opinion
Research feito entre sexta-feira e domingo mostrava o democrata e o
republicano com 49%.
No do Gallup, Romney tinha 49%, ante 48% de Obama.
No do instituto Pew, o presidente aparecia três pontos à frente, 50% a
47%, dentro da margem de erro de 2,2 pontos em ambas as direções. Esse
racha deve se refletir não só nos resultados de hoje como no próximo
governo e na sua margem de manobra, seja quem for o presidente.
“O país está polarizado, não só as pessoas dos dois
lados do espectro político mas os Estados também”, alerta Paul Green,
diretor do Departamento de Ciência Política e Gestão Pública da
Universidade Roosevelt, em Chicago. “Será muito difícil chegar a
consensos”.
Com a possibilidade de vitória em aberto, as duas
campanhas reivindicavam o título de favorita e investiam até o último
segundo para convencer o eleitor a ir às urnas.
Nas últimas 72 horas, os dois presidenciáveis
visitaram todos os oito estados onde a disputa ainda está indefinida –
Ohio, Flórida, Virgínia, Colorado, Iowa, Wisconsin, Nevada e New
Hampshire.

Comentários

Os comentários estão fechados.