Sessenta e dois prefeitos desistem da reeleição na Bahia

Sessenta e dois dos 308
prefeitos que podem disputar a reeleição na Bahia desistiram de se candidatar para
o pleito de outubro alegando dificuldades financeiras, o temor de entrarem na
malha fina do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e a dificuldade de
arrecadação para a campanha eleitoral em ano de vacas magras. O levantamento a
que o jornal A Tarde teve acesso foi feito pela União dos Municípios da Bahia
(UPB) pouco antes das convenções que finalizaram no último dia 5 e até o dia 15
o TRE estará registrando candidaturas, o número pode até aumentar. O fenômeno
tem ocorrido em diversos estados. Mas na Bahia, com esse número de
desistências, serão aproximadamente 20% dos gestores nessa situação. “Prefeito
virou uma profissão de risco”, diz Isaac Newton, coordenador do curso de
Administração Municipal da Ucsal. Para ele, os prefeitos estão “num momento de
medo”. “O prefeito vai para a reeleição e vê o seguinte cenário: dificuldade de
dinheiro para custear campanha. Depois, é o chefe do poder executivo que
responde até pela nota fiscal não conferida de um técnico. Sem dinheiro, o
gasto com pessoal aumenta e ultrapassa o limite da lei. O primeiro efeito é o
de o TCM rejeitar suas contas. É o nome do prefeito”, diz Isaac.


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