Surge nome de outro suspeito de matar Eliza Samudio

A última testemunha ouvida ontem revelou o nome do policial civil José Lauriano de Assis Filho, 47 anos, o Zezé

 

A última testemunha ouvida ontem no julgamento dos acusados
pela morte de Eliza Samudio, em Contagem (MG), revelou o nome de mais um
suspeito pela morte: o policial civil José Lauriano de Assis Filho, 47 anos, o
Zezé. Dois anos após o crime, o Ministério Público pode denunciá-lo pelo
assassinato de Eliza, ex-namorada do goleiro Bruno. “Zezé era suspeito desde o
início das investigações. Mas naquele momento os indícios não eram
satisfatórios para justificar um processo penal. Tínhamos dados objetivos, mas
não tínhamos nenhuma prova oral que alinhasse tudo”, disse o promotor Henry
Castro.

A participação de Zezé era um dos buracos na investigação. Foram desprezados 37
telefonemas entre Zezé e personagens centrais da trama como Luiz Henrique
Romão, o Macarrão, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, e o ex-policial Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola. Na noite de 10 de junho de 2010, Zezé, além dos telefonemas,
se encontrou com Bola. A participação dele foi revelada no depoimento do preso
Jaílson de Oliveira. Ele disse que Zezé ajudou Bola a matar Eliza. O julgamento
teve outro dia tumultuado ontem e registrou mais baixas. Dos cinco acusados que
iniciaram o júri, restam três.

A ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, também teve seu julgamento desmembrado,
assim como Bola. Tudo aconteceu após Bruno destituir seu principal advogado,
Rui Pimenta. Depois, o goleiro pediu também a saída do outro advogado, Francisco
Simim, e pediu o desmembramento de seu júri, o que foi negado pela juíza.

Antes de ser convidado como assistente de defesa de Bruno, o advogado Tiago
Lenoir afirmou que a melhor solução para o goleiro era assumir a morte de
Eliza. “Bruno e Macarrão deveriam confessar o crime de homicídio e negar a
ocultação de cadáver e sequestro. Daí pega seis anos [de prisão]”, escreveu no
Twitter. Após ser convidado, as mensagens foram apagadas. “Meu comentário era
como se fosse de qualquer um da multidão”, limitou-se a dizer. A juíza
fixou multa de R$ 18.660 a cada um dos três advogados de Bola que abandonaram o
julgamento.


Comentários

Os comentários estão fechados.